A transição renascentista e a sabedoria cartesiana
Ética Filosófica
A transição renascentista e a sabedoria cartesiana
A transição Renascentista é marcada pela Ética moderna que vai dos fins do século XV até os fins do século XVIII. O período que abrange os séculos XIX e XX é pertencente à Ética contemporânea. O que marca a divisão e ao mesmo tempo é como uma ponte de ligação, situa-se na tentativa Kantiana de instaurar uma Ética da razão pura prática. Por isso, podemos caracterizar a Ética antes de Kant como pré-Kantiana. A origem da Ética moderna aplica-se a uma ampla e profunda mudança das estruturas, das condições históricas e dos universos simbólicos da civilização ocidental, mudança esta que trouxe o declínio e o fim da Ética cristão-medieval como forma de um ciclo civilizatório que chegava ao seu termo. Esta época de transição entre Idade Média e os tempos Modernos é chamada de Renascença, que marcada por dados historiográficos datam os séculos XV e XVI. O século XV assistiu ao nascimento e a plena floração da brilhante renascença italiana. Já nos fins desse século e durante o século XVI esse movimento, com objetivo de expressar novas idéias, nova sensibilidade, novos ideais humanos, ganhou o norte da Europa, sobretudo a França, a Inglaterra, os Países Baixos e a Renânia, levando por novos caminhos a cultura ocidental como um todo (p.258). Alguns historiadores como Jules Michelet, Jacob Buckhardt e pensadores como F. Nietzsche do século XIX, tentaram apresentar a cultura da Renascença como uma ruptura intencional e radical com a cultura cristã medieval e como manifestação do projeto histórico de instauração de um novo tipo de humanidade, inspirado nos modelos da antiguidade Greco-romana. Há indícios que defendem que a identidade histórico-cultural da Renascença começou a se constituir a partir do século XII. Tal indício acontece com a idéia do humanismo e o seu ideal da “humanitas”, com a ascensão do “homo politicus” ao primeiro plano da cena histórica. Com