A sociedade contra o estado

1024 palavras 5 páginas
A Sociedade contra o Estado
PIERRE CLASTRES

Uma abordagem do antropólogo nos conceitos de sociedade primitiva e contemporânea

A possibilidade de construir uma Antropologia política é prejudicada na medida em que juízos de valor e opiniões são inerentes a sua constituição como ciência. O Estado é ausente em determinadas sociedades primitivas (não-divididas), o que as constitui como tal. Segundo Pierre Clastres essas sociedades primitivas são incompletas, e subsistem na ausência da política estatal. A certeza em que a linha da história caminha num sentido único, e que toda a sociedade está inserida nesse contexto histórico ao percorrer suas etapas, indo da selvageria ao processo civilizatório, é conceito nesse autor.

No entendimento de sua obra, percebe-se a afirmativa de que as sociedades primitivas, quase sempre, são entendidas pela falta de composição do Estado, da escrita e do processo histórico, e sua economia é de subsistência. Assim, não há formulação de mercado. Dessa forma, sua tecnologia estará “estagnada” ao sub-equipamento e inferioridade tecnológica.

Mas não podemos falar na inferioridade técnica das sociedades primitivas, se entendermos esse conceito no sentido de que se refere ao conjunto processual adquirido pelo homem para garantir um domínio do atual meio, no sentido da adaptação e relatividade às suas necessidades. Daí, o “conceito” de inferioridade é incabível para as primitivas sociedades, dominando o meio que ocupa apenas para satisfação de suas necessidades. Pierre Clastres defende que não existe hierarquia no campo da técnica, nem tecnologia superior ou inferior, sob medida de que a avaliação do equipamento tecnológico se dá pela sua utilidade na capacidade de satisfação e necessidade.

O conceito que se estrutura no fundamento (em direito e fato) da afirmativa que diz que as sociedades primitivas estariam condenadas à economia de subsistência, em razão da inferioridade tecnológica, é combatido por Pierre Clastres. O autor

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