A Sociedade contra o Estado

648 palavras 3 páginas
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INTRODUÇÃO
Em “A Sociedade contra o Estado” Pierre Clastres disserta sobre sociedades indígenas da
América do Sul que não são apenas simplesmente sociedades sem Estado, mas o são por deliberadamente recusarem o Estado.
No presente estudo iremos nos deter um pouco mais nas razões pelas quais estas sociedades primitivas deliberadamente recusam e rejeitam organizarem-se como Estado.
Veremos ainda como se dá nestas sociedades o respeito às normas na ausência da coerção.

ECONOMIA DE SUBSISTÊNCIA
Segundo Clastres, estas sociedades recusam também “evoluírem” de uma economia de subsistência para uma economia de acumulação, para uma economia de mercado.
Recusam o trabalho, satisfeitas em obterem o seu sustento com muito menos tempo de ocupação. Não há preocupação em ser rico, possuir. Não se organizam em classes para a produção.
Não aparece tampouco a necessidade de se organizarem como Estado.
Alerta Castres que, diferentemente do que se concluiria pela visão etnocêntrica usual, esta opção, em cada um destes campos, não deve ser vista como uma falta, uma deficiência, mas simplesmente como uma opção, que a estes povos satisfaz.
Mais do que isto, mesmo quando de alguma forma adotam novas técnicas de produção, ou incorporam meios de eficiência, como, por exemplo, quando conheceram o cavalo, muda a economia, mas não muda a política.

SOCIEDADES SEM ESTADO
Estes povos são felizes desfrutando desta subsistência simples, e tendo tempo ocioso e prazeiroso. Esta opção parece atrasada e ineficiente quando vista pela lente etnocêntrica ou pelas teoria econômica, mas não devem ser rechaçadas, em nome da diversidade e da autodeterminação destes povos. E, por falta de motivação, ao não ocorrer a ruptura política que levaria à formação do
Estado, permanecem de forma intencional com sua organização sem Estado. Recusam-se a mudar a forma como vivem.
Somente mudariam se assim desejassem seus membros, ou a isto fossem obrigados, por motivo externo, como

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