A Presença jesuítica no Primeiro Planalto Paranaense: A Fazenda da Borda do Campo
Leonildo José Figueira leo.hist@gmail.com A participação efetiva da igreja na colônia se deu com a chegada dos padres Jesuítas da Companhia de Jesus. Os padres eram dirigidos pelo provincial padre Manuel da Nóbrega, mais tarde conselheiro Men de Sá.
Os Jesuítas tinham a suja instalação ligada ao objetivo “missionário” e “educacional”. O primeiro era viabilizado com a fundação de aldeamentos ou pequenas povoações, conhecidas como “missões”, onde os indígenas eram reunidos e catequizados segundo os ideais da Igreja Católica. O segundo se dava com a organização de colégios, os quais acabaram se transformando em importantes centros de referência da cultura colonial.
Em Borda do Campo os padres da Companhia de Jesus formaram uma comunidade agro pastoril onde instalaram duas fazendas, ambas separadas pelo Rio Canguiri. Havia na região a mão de obra escrava, que ficava envolvida na lavoura, no trabalho com o gado e também na produção de erva mate. Embora sendo donos das fazendas, os padres não residiam nelas; visitavam com frequência a fim de orientar o fazendeiro e seus escravos nas questões do trabalho e dar providências necessárias para o bom desempenho e desenvolvimento.
Os Jesuítas construíram ranchos, paióis, etc., para acomodar os escravos e outros empregados. Mais tarde se tornara estação de parada de viajantes que transitavam do litoral para o planalto ou vice-versa, como foi o caso de Saint-Hilaire, o qual antes de descer o Caminho do Itupava, ficou hospedado na fazenda dos Jesuítas na Borda do Campo.
Devido a alguns desentendimentos entre a Coroa de Portugal e os Padres Jesuítas da Companhia de Jesus, na segunda metade do século XVIII, o Rei de Portugal decreto a expulsão dos Jesuítas das dependências da colônia no ano de 1758. No ano seguinte foi ordenada a prisão de todos os Jesuítas existentes na Colônia, tendo ainda todos os seus bens sequestrados; além do