A planta medicinal como medicamento

Resenha – A planta medicinal como medicamento

SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; et al. Farmacognosia: da Planta ao medicamento, Porto Alegre / Florianópolis Ed.Universidade / UFRGS / Ed. Da UFSC, 1999.

A ideia primordial na indicação do uso de fitoterápicos na medicina humana é aumentar a opção terapêutica dos profissionais de saúde ofertando medicamentos equivalentes, também registrados, talvez mais baratos, com espectros de ação mais adequados e, quiçá, com indicações terapêuticas complementares ás medicações existentes, mas sempre em estrita obediência aos preceitos éticos que regem o emprego de xenobióticos na espécie humana.
Os remédios vegetais substituídos por medicamentos contendo as substâncias ativas deles extraídos ou seus derivados sintéticos, a razão mais importante para essa mudança foi o difícil controle de qualidade químico, físico - químico farmacológico ou toxicológico, dos extratos utilizados. O importante pacto que o uso de não controlados das plantas medicinais tem no atendimento primeiro a saúde.
É comum o pensamento de que as plantas medicinais de uso tradicional já foram testadas e homologadas pelo seu uso prolongado na própria espécie humana, seriam remédios eficazes e seguros, naturalmente balanceados, sem os efeitos colaterais comuns aos produtos sintéticos, não necessitando da avaliação exigida para esse tipo de medicamento.
Nas camadas mais privilegiadas, que gozam das facilidades sanitárias e pronto atendimento médico, a crença também é explorada como moda naturalista, muitas vezes prestigiada por movimentos sociais ecológicos, idealistas e de boa penetração. É inegável, no entanto que na maioria da população de baixa renda, recorre ás plantas medicinais como único lenitivo para seus males. O medicamento continua inacessível às classes menos privilegiadas, e é nesse contexto social que às plantas medicinais e os fitoterápicos adquirem importância como agentes terapêuticos e, por isso, devem ser prioritariamente