A mediação marcária contemporânea
XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Caxias do Sul, RS – 2 a 6 de setembro de 2010
A mediação marcária contemporânea: importância do emocional na política marcária 1
Jean Charles Jacques Zozzoli2
Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL
RESUMO:
Com o intuito de ser fornecedora de percepções e experimentos não só sociorrelacionais, mas atinentes a disposições afetivas fundamentais que provocam reações emocionais de afinidade, afeição, adesão, paixão, indiferença, distanciamento, ira, repulsa etc., a marca contemporânea é provedora de experiências. Gera elementos temporários de monopólio simbólico e econômico apoiando-se em percepções que substituem características racionais por experiências emocionais e sensoriais, algo vivenciado tanto física quanto imaginariamente. O paper propõe-se debater teórica e criticamente esse tema, objeto de reflexões teóricas e livros de sucesso.
PALAVRAS-CHAVE: marca; emoção; sedução.
Nossa mente irracional, inundada por questões culturais arraigadas em nossa tradição, criação e muitos outros fatores subconscientes, exerce uma influência poderosa, mas oculta, sobre as escolas que fazemos.
Martin Lindstrom (2009, p. 25)
A empresa não pode mais se contentar com um marketing clássico, racional e segmental como ensinava Philip Kotler, e deve totalmente redefinir sua estratégia. Georges Chétochine (2009, 4ª c.)
As emoções ressentidas por compradores e consumidores, mas também por outros stakeholders, bem que presentes, não foram sempre levadas em conta de maneira acurada pelo marketing tradicional, organizado em torno da capacidade das empresas de produzir bens e oferecer serviços correspondentes às necessidades de massa de consumidores teoricamente propensos a agir de maneira refletida (modelo da hierarquia dos efeitos, por exemplo).
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Trabalho apresentado no GP Publicidade e Propaganda - GT Marca e