A luta antimanicomial

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Começou em 1970 uma luta da sociedade organizada em relação ao tratamento das doenças mentais no Brasil, sendo uma reação direta pela necessidade da redemocratização do país, e nessa luta estava e está inserida a atenção para como é o modelo assistencial psiquiátrico (sanatório e manicômios) envolvendo sua conduta e procedência no tratamento, ou seja, constata-se que existe um modelo arcaico e violento de tratar os doentes mentais que acaba alienando e excluindo o doente, aumentando consequentemente o preconceito e a descriminação da doença, doente e sua família.

O que se viu e vem acontecendo é que esses sanatórios representam uma violência institucionalizada que gera o isolamento do doente excluindo-o, fazendo com isso que o doente mental perca seus direitos de cidadania e também violando seus direitos humanos. A luta antimanicomial revê esses conceitos clínicos e sociais buscando a desinstitucionalização brasileira, que representa processo de luta por mudanças no modelo assistencial composto por diversos participantes. O importante é abrir o campo assistencial (tratamento clinico) em uma dimensão global articulando os campos entre esses: o técnico assistencial, político, jurídico e sócio-cultural, campos que envolvem diretamente o doutor, a família e a sociedade, quebrando paradigmas e preconceitos fazendo a inclusão social.

Em 2005 o Brasil tinha 42.036 leitos psiquiátricos em 228 hospitais públicos e privados, hoje reduzimos esses leitos para 36.000, na maioria os hospitais dessa rede prestam serviços clínicos precários com diária por paciente de 22 a 30 reais, não dando ao paciente a preservação dos seus direitos civis, políticos, econômicos, culturais e sociais, isolando o doente da sociedade, e nesse cenário de falta de estrutura aparecem relatos de violência em hospitais, para se ter uma noção dessa realidade vinte mortes ocorreram em 2003, no hospital de custodia e tratamento da Bahia (manicômio), contexto macabro de como cuidamos dos doentes

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