Luta antimanicomial
Por que dia 18 de maio?
Esta data remete ao Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, ocorrido em 1987, na cidade de Bauru, no estado de São Paulo. Marco do Movimento.
Movimento Nacional de Luta Antimanicomial nasce nos anos de 1970, organiza-se nos anos de 1980 através de núcleos em diversas cidades e estados do país.
Movimento contra a expansão e o modelo hegemônico dos Hospitais psiquiátricos – caracterizados pelo asilamento e pela violência institucionalizada. O sujeito portador de transtorno mental internado numa instituição psiquiátrica muitas vezes constitui-se em um homem/ uma mulher sem direitos.
Franco Basaglia, referência internacional na Luta, na Itália, percebe, que para lidar de uma forma diferente com a loucura, não basta: humanizar ou transformar o manicômio é preciso questionar os fundamentos em que está assentada a necessidade deste como lugar de tratamento é preciso questionar o paradigma psiquiátrico, que centrado no saber médico, reduziu o fenômeno da loucura à doença menta
Os movimentos de Luta Antimanicomial têm como princípio: imperativo ético para os sujeitos sociais envolvidos e comprometidos com o ideal de emancipação humana, no que diz respeito: ao aspecto profissional ao resgate e afirmação dos direitos humanos dos sujeitos adoecidos; muitos destes em decorrência das contradições do sistema de produção capitalista
O Movimento da Luta Antimanicomial e a Reforma Psiquiátrica no Brasil levou à implantação do modelo substitutivo ambulatorial dos CAPS I, II e III, implantação de leitos em hospitais gerais, Centros de Convivência, Residências Protegidas.
Dentro da proposta da Reforma Psiquiátrica, o número de CAPS, principal serviço substitutivo, no Brasil passou de 295 em 2001 para 1.624 em 2012.
Nos últimos 10 anos, o Brasil não atendeu a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de ter um leito psiquiátrico para cada grupo de mil pessoas.
O país