A IDENTIDADE CULTURAL PÓS MORDENISMO

712 palavras 3 páginas
O livro de Stuart Hall procura realizar uma análise da identidade na pós-modernidade, ou “modernidade tardia”, como cita o autor. Para isso, são debatidos temas como a crise de identidade do sujeito, a descentração do sujeito, a questão das identidades nacionais e a influência da globalização no hibridismo e reforço das identidades, fazendo alusão à resistência do fundamentalismo religioso.
As velhas identidades criadas a partir do renascimento cultural e do iluminismo europeu estão em declínio num mundo pautado pela compressão espaço-tempo. Nisso, temos uma crise de identidade que fragmenta o indivíduo moderno. O homem da sociedade moderna era possuidor de um lugar bem determinado socialmente e culturalmente. No entanto, mudanças estruturais estão trazendo questionamentos quanto a identidades culturais de classe, raça, nacionalidade, sexo e etnia. Isso faz com que a ancoragem estável dos indivíduos no mundo social esteja abalada. A análise de Stuart Hall parte da premissa de que as identidades modernas estão sendo descentradas.
No primeiro capítulo o autor resgata três concepções de identidade ao longo da história dos últimos séculos. A primeira é o sujeito do Iluminismo. Tal sujeito estava baseado numa concepção de pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação. Essa era uma concepção bastante individualista do sujeito. A segunda concepção de identidade é o sujeito sociológico. Nessa concepção estava traduzida a crescente complexidade do mundo moderno. A identidade era construída na interação entre o indivíduo e a sociedade. Na terceira concepção de identidade está o sujeito pós-moderno. Aqui está o foco da análise do livro. O sujeito possuidor de uma identidade estável está se fragmentando e sendo composto por várias identidades. Esse sujeito não tem uma identidade fixa, essencial ou permanente.
As principais mudanças na forma pela qual o sujeito e a identidade são

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