A filosofia de bolívar

A filosofia de Bolívar
Seu titanismo aparece no seu ininterrupto correr de república para república, a fim de fortalecer vontades e animar as pessoas a não desistirem da luta pela independência

Bolívar é o produto da evolução intelectual de uma época que havia encontrado no Iluminismo, no Deísmo, e no Romantismo a sua maior expressão. Lendo seus discursos, suas máximas e, sobretudo, sabendo que seus autores preferidos eram Rousseau e Voltaire, podemos afirmar que Bolívar começou a sua viagem intelectual no Iluminismo, passou pelo Deísmo, e acabou no Romantismo. O Iluminismo é uma corrente de pensamento que ocupa todo o século XVIII e o começou do século XIX. Seu lema é a frase latina “Separare aude!”, isto é, tenha a coragem de separar e de distinguir entre os dados da fé (e seu mundo emocional e fantasioso) e os dados da razão (e seu mundo real). Esta distinção poderá ser feita com a ajuda do intelecto que faz uma separação total entre os dogmas eclesiásticos e a pesquisa científica constante da realidade. O Iluminismo do século XVIII, isto é, o Iluminismo que formou Bolívar, tem três aspectos característicos: primeiro, entender a análise crítica a qualquer tipo de conhecimento ou de crença, porque, no entender dos iluministas, os poderes cognitivos humanos se entendem até onde se estende o fenômeno, mas não além deste, porque, então, entra-se no campo da suposição e da fantasia. Segundo: uma atitude empirística que é a única que produz um tipo de conhecimento que tem dentro de si os meios para a própria autocrítica e correção. Somente assim nós podemos colocar à prova a verdade descoberta: aceitá-la ou corrigi-la, ou abandona-la. Neste sentido o Iluminismo é um compromisso crítico da razão. Terceiro aspecto: este conhecimento adquirido através da análise racional deverá ser usado para melhorar a vida intelectual e comunitária dos homens. Neste sentido, o Iluminismo muda a vida da pessoa, tanto em nível intelectual, como em nível prático, porque é da sua