a ciência da cultura - tyler

852 palavras 4 páginas
O segundo capítulo é o texto “A ciência da cultura”, que integra a obra “Cultura primitiva” de Edward Burnett Tylor, escrito em 1871. No início de seu texto, Tylor nos apresenta a sua definição de cultura ou civilização como sendo aquilo que é “adquirido” pelo homem como “membro de uma sociedade”: “é aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos”. Tylor coloca esse conceito de cultura numa perspectiva evolucionista e científica ao defender que ela “possa ser investigada segundo princípios gerais”, sendo “um tema adequado para o estudo de leis do pensamento e da ação humana”. A cultura teria uma uniformidade devido “à ação uniforme de causas uniformes” e uma variabilidade de graus atribuída aos “estágios de desenvolvimento ou evolução” (p.69).

No presente texto, Tylor assume e defende a posição que o estudo da cultura e da vida humana deve ocupar: a da ciência (naquele momento, positivista e racionalista), seguindo o modelo das ciências naturais, visto que, para o autor, esse estudo deve ser um “ramo da ciência natural”, pois a história da humanidade faz parte da espécie animal e, portanto, é possível e desejável que se defina leis, busque princípios gerais mediante as evidências, sua classificação e comparação, e os testes de recorrência dos fatos.

Nesse contexto, a tarefa da “etnografia racional”, positivista e científica, é “a investigação das causas que produziram os fenômenos de cultura e das leis às quais estão subordinados” (p.93).

Lança, a seguir, o problema a ser compreendido e explicado cientificamente pelo etnógrafo, mediante provas, que são as evidências: “como o fenômeno da Cultura pode ser classificado e arranjado, estágio por estágio, numa ordem provável de evolução” (p.74).

A comparação deve ser feita entre elementos da cultura (armas; mitos, ritos e cerimônias), pois “um primeiro passo no estudo da civilização é dissecá-la em detalhes e, em

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