A BELEZA E O CAUS

A BELEZA E O CAUS

O que há de comum entre nós é uma verdade ... a existência de um Grande Arquiteto, criador do Universo e de tudo que existiu, existe e existirá. E se sabemos disso, não é pelo ego, mas por um "dom" ... a inteligência, uma concessão, uma graça do próprio Criador que nos permite discernir o Bem do mal e ser "donos" de nossas escolhas, concientes de que podemos dirigir ou não nossas vidas por uma moral sã e pelo Amor.

E nossas escolhas acontecem enquanto bebemos da Taça Sagrada, a taça da boa e ou má sorte, que é a taça da vida humana. Provamos a doçura da bebida e, ao mesmo tempo esgotamos o amargor dos seus sedimentos. A taça da vida humana está impregnada por essa dualidade... sabedoria e ignorância, bem e mal, luz e trevas... que as aparências indicam não ter fim... não se sabe quando se esgotarão os sedimentos dessa taça.

Na simplicidade do texto "O Caos e a Beleza" de Rubem Alves, à parte dessa interpretação, destaco a escolha pelo bem e pela "sanidade" no discernimento do autor:
Às vezes, Deus se revela como pássaro [...]
A imagem de que uma melodia linda se faz ouvir em meio aos horrores da vida. Ainda que seja uma "marcha fúnebre" [... ]
Aí me veio uma ideia sob a forma de uma pergunta que me pareceu uma revelação: a vida toda não será assim, uma luta contra o caos sem sentido em busca de uma beleza escondida?

O Universo é o Templo da Divindade a quem servimos. A Sabedoria, a Força e a Beleza estão junto ao Seu trono como pilares de suas obras, porque sua Sabedoria é infinita, sua Força é onipotente e sua Beleza resplandece na simetria e ordem de toda a criação.
Se Deus existe, a beleza é o seu jeito de se comunicar com os mortais.
Disso sabem os poetas, como é o caso da Helena Kolody, que escreveu: "Rezam meus olhos quando contemplo a beleza. A beleza é a sombra de Deus no mundo".
Desfrutem o texto, ele é bem melhor do que essas consideções.

O CAUS E A BELEZA

Rubem Alves

Quando eu era seminarista gostava de