A banalização do mal

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Toda barbárie é produto da liberdade humana. Como bem disse Hannah Arendt, filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX e que se dedicou a estudar o Holocausto, “o homem privou o outro de seu próprio ser”. Chegamos ao que o homem é capaz de fazer com outro homem.

Aqueles que sobreviveram aos campos de concentração não sobreviveram de fato, porque já não eram os mesmos, porque foram transformados. O mesmo ocorre com a educação do sujeito quando criança. Ela vai perdendo (ou sendo ensinada a esconder) sua essência. O que ocorreu nos campos foram longos processos de definhamento psicológico e emocional.

Essa “fabricação da realidade” de que os judeus eram raça inferior, que deveria ser aniquilada, foi compartilhada, vendida e recebida como fato. E isso continua ocorrendo no que diz respeito à realidade compartilhada das religiões, dos padrões de beleza e de riqueza, dos padrões de inteligência e sucesso profissional. Basta uma circunstância para que esse preconceito que está dentro do ser humano seja externalizado. Tomemos como exemplo o preconceito com mulçumanos surgido com força total após o 11 de Setembro. Por isso, que toda barbárie é produto da liberdade humana. Entretanto o que todo indivíduo tem de compreender é que, na hora da verdade, ele tem de ser capaz de pensar, de refletir por si mesmo. É preciso construir desde a infância essa capacidade.

Essa reflexão só é possível quando nos enxergamos parte do mundo externo. É fato que todo sujeito tem intrinsecamente boa dose de agressividade. Entretanto, ela é amenizada ao longo do desenvolvimento do superego. A partir daí o indivíduo começa a compreender o conceito de bem e de mal. O superego é quem proporciona a civilidade.

Crime de guerra, violencia, barbárie, comportamento, relações humanas

Entretanto, nem sempre essa estrutura está pronta e algumas pessoas se permitem fazer qualquer coisa. Enquanto nos enxergamos iguais, somos solidários e condescendentes. Mas

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