Weber e a Religião - Aborto

750 palavras 3 páginas
Max Weber tem um pensamento original sobre os processos religiosos. Ele reconhece a autonomia das religiões, analisando-as a partir do contexto social, ou seja, ele vê a religião a partir do ângulo social, o modo como elas influenciam a forma da sociedade de se desenvolver, mediante a legitimação de comportamentos tradicionais ou inovadores. A abordagem weberiana debate a contribuição que o cristianismo deu ao nascimento do mundo moderno, mostrando que o protestantismo, por exemplo, favoreceu a ascensão do capitalismo.
Ele analisa o fato de os calvinistas, e seus adeptos saídos da Reforma Protestante, terem o controle dos próprios progressos morais, como sendo um dos principais fatores para a instauração do racionalismo econômico. O ativismo racionalista dos puritanos também foi um forte fator que precedeu a fixação da sociedade capitalista.
Já falando do processo de racionalização, Weber diz que essa racionalização está baseada sobre aspectos não-racionais, ou seja, as instituições religiosas. Essa concepção levou a um “desencantamento” da religião, no sentido de que o homem, agora, se vê responsável por manipular a natureza, bem como de seus próprios atos.
Porém esta racionalização leva a conseqüências negativas, não apenas para o ângulo social da religião, como também para o desenvolvimento da própria sociedade moderna. O cientificismo ateu criou, junto com outros elementos da cultura moderna, com o capitalismo e o utilitarismo, um mundo objetivado, no qual as relações interpessoais são impossíveis.
A partir daí o próprio Weber afirma que o intelecto criaria uma aristocracia de posse da cultura racional que seria profundamente antifraterna. Desse modo, o autor leva até as últimas conseqüências o processo do racionalismo ocidental, que analisa também o desencantamento da própria imagem cientificista do mundo que, na época positivista, substituiu a religião.
Segundo Weber, a imagem do mundo que a ciência oferece é aquela de uma infinidade sem sentido, que

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