Violência e transformação

O projeto Teatro do Oprimido na Saúde Mental, oferece Teatro do Oprimido como instrumento lúdico e pedagógico para trabalhadores da saúde, usuários e seus familiares possam discutir a temática da loucura e de outros temas relacionados a saúde mental e o próprio sistema de saúde nas unidades, criando alternativas para democratizar e humanizar o atendimento de saúde mental no Brasil. Entre as diferentes ações e temas discutidos a partir das oficinas de Teatro do Oprimido, a violência doméstica, foi um dos temas mais discutidos e encenados no município de Guarulhos.
O grupo de mulheres- hoje batizado de Mulheres em Ação – iniciou à cerca de nove meses com intuito de atender mulheres em sofrimento mental leve e moderado; tais mulheres foram reunidas após terem sido acolhidas pela equipe de saúde mental.
Durante os acolhimentos foi possível identificar que a maior parte das pessoas que buscam atendimento na saúde mental são mulheres e que, a maioria contém em sua trajetória de vida histórico de abuso sexual e/ou violência doméstica.
O grupo iniciou com 25 mulheres sendo realizado encontros semanais de três horas cada onde foi vivenciado jogos, exercícios e técnicas de teatro do Oprimido estimulando o diálogo e a experimentação corporal para reconhecimento de suas opressões.
Após o período de cinco meses aproximadamente muitas delas romperam com situações que estavam vivenciando e buscaram alternativas diferentes para sua vida, algumas retornaram ao mercado de trabalho e outras decidiram regressar a cidade natal.
Atualmente o grupo é composto por 10 mulheres – usuárias e agentes comunitárias de saúde - e levam através do Teatro do Oprimido a violência para ser discutida pela saúde, para a saúde, com a saúde e com a sociedade como um todo, buscando assim ampliar o espaço de discussão sobre o tema, possibilitando ações e atitudes para transformar tal realidade.
O grupo “Mulheres em Ação”, hoje tem o compromisso de estimular o diálogo sobre a violência doméstica, que