martin baró violencia nas ecolas

4024 palavras 17 páginas
Violência nas Escolas: O conceito de violência e o processo grupal como método de intervenção e pesquisa. Contribuição para a formação inicial e continuada de professores e psicólogos.

Autora: Profª. Drª. Nilma Renildes da Silva
Depto. de Psicologia – UNESP Bauru/SP
E-mail: nilmarsi@fc.unesp.br

Apoio: Coordenadoria Didático-Científico
-FUNDUNESP

Este artigo descreve o trabalho de pesquisa e intervenção em desenvolvimento na UNESP Bauru desde 2003 para minimizar os efeitos das relações permeadas pelo uso da violência na escola. Nossos objetivos com este trabalho são: aprofundar a compreensão do conceito de violência com base nos estudos realizados por MARTÍNBARÓ (1997) e VÁSQUEZ (1978); organizar um processo grupal de formação inicial para alunos do curso de Psicologia e continuada para professores e profissionais que atuam com adolescentes e jovens em conflito com a lei; refletir sobre o papel da educação e dos educadores como mediadores na construção do processo de sociabilidade dos indivíduos; o último objetivo relaciona-se a pesquisas que estão em fase de análise de dados: o processo grupal como fonte de informações sobre o processo de desenvolvimento da consciência de professores e discentes no sentido de evitar a violência no cotidiano.

1. O processo grupal como método de intervenção e pesquisa.
Temos a intenção de garantir a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, visto que na perspectiva teórica da Psicologia Social Comunitária Sócio-
Histórica, o princípio expresso por MARX e ENGELS (2007, p. 539) na décima primeira tese contra Feurbach é fundamental: “os filósofos apenas interpretaram o mundo de diferentes maneiras; porém, o que importa é transformá-lo”. Consideramos também que a intervenção deva ser realizada por meio do processo grupal, e este como forma de coleta de informações, é farto! Pois o grupo favorece a identificação das diferenças e das semelhanças das experiências individuais acerca das

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