Violência e Prisões

O convívio social na atualidade se apresenta de forma notoriamente complexa, causado pelo crescimento desordenado das cidades, com ausência de qualquer controle estrutural por parte do Estado. Contudo dentre os vários problemas existentes na sociedade contemporânea, a violência entre seus entes é o maior causador de transtorno em seu seio. Com o aumento assustador da violência em suas manifestações variadas, o cidadão sente-se acuado e clama por alternativas rápidas e eficientes que objetivem a interrupção das práticas ilícitas. A solução encontrada nos dias atuais é a retirada coercitiva do indivíduo gerador dos fatos ilegais, dando origem aos sistemas penitenciários, foco de graves problemas de diversas ordens, como os que foram apresentados no vídeo intitulado “A Voz das Prisões”. Para ter uma exata compreensão da problemática prisional no país, é necessário buscar a origem geradora do problema, mergulhando necessariamente no cerne de nossa sociedade totalmente excludente.
Afirmava Rousseau em sua teoria do contrato social que os homens nascem livres e iguais e através do ente estatal, permitem que este crie mecanismo que garantam e resguardem o direito da coletividade. O Estado, portanto, utiliza-se de variados mecanismos para controlar os cidadãos que o integram objetivando a proteção dos direitos tutelados, dentre vários meios de controle social encontramos a família, a escola, a igreja, as politicas de assistência social promovidas pelo ente público, entre outros. Contudo o que se tem observado nos últimos tempos é o fracasso das instituições de controle social e um total abandono dos entes federados para com a população mais carente, que, posta às margens da sociedade, na ausência de alternativas de subsistência, é na criminalidade que muitos vão encontrar guarida, o resultado é o aumento constante de infratores e consequentemente o aumento das populações carcerárias.
Na ineficácia dos controles sociais primários, no abandono de politicas sociais