Vigiar e punir
Durante o Estado de soberania as pessoas obedeciam às regras impostas pelo Estado por ter medo da morte, pois o Estado tinha o direito de morte, quem não obedecesse às leis morreria como punição. Dentro de uma sociedade sempre houve pessoas de diversas personalidades e identidades e as que não se encaixavam dentro do padrão de “normalidade” precisava ser exilada, ou seja, excluída. Durante esta sociedade de soberania era aplicado o modelo de exclusão para quem não fosse considerado “normal” (binarismo). Tem-se uma relação relativa do normal, ele era definido ao se constatar o que era patológico. Um exemplo de modelo de exclusão é como o Estado tratava os leprosos: as pessoas que tinham esta patologia eram exiladas, viviam em uma grande “cerca”. O poder médico e poder político eram exercidos pelo Estado. O sonho político deste modelo é o de uma comunidade pura, assim como sonhava Hitler com a raça ariana através do exílio é extermínio dos judeus.
Este texto de Michel Foucault mostra outro modelo que veio sendo desenvolvido ao longo do progresso do ser humano. Este modelo é o “modelo disciplina”, no qual, é representado pela figura arquitetural da disciplina por excelência, o Panóptico. O Panóptico é uma “máquina” criada para manter em vigilância as pessoas que por algum motivo infringiram as leis ou possuem alguma patologia.