Uma proposta para a criação do selo de indicação
GEOGRÁFICA “PEIXE DO PANTANAL” COMO INSTRUMENTO DE MARKETING AO PRODUTO REGIONAL
Resumo
Este trabalho teve como objetivo de realizar um estudo junto a fornecedores/produtores e propor uma certificação “Peixe do Pantanal” para a produção em cativeiro de peixes nativos da região no Mato Grosso do Sul.
Junto a produtores/fornecedores, constatou-se o desejo dessa certificação (por que certificar?) chegando-se à Indicação Geográfica (IG) como forma desta certificação (como certificar?).
Este resumo faz uma apresentação desta modalidade de certificação de origem e apresenta as concessões deste selo no Brasil. Diante de resultados que foram colhidos em questionário aplicado a fornecedores/produtores, o selo apresentou-se como uma eficiente ferramenta de marketing para a projeção das imagens destes produtos e também de suas regiões junto ao mercado consumidor.
O trabalho avalia a possível aplicabilidade de uma IG “Peixe do Pantanal” enquanto produto dentro de um específico alinhamento de mercado na cadeia produtiva do peixe do Mato Grosso do Sul.
O estudo aponta as deficiências de imagem do peixe produzido em cativeiro e a aprovação à idéia de certificação por parte dos produtores.
Em todo o mundo, a exportação de peixes e crustáceos movimenta cerca de 55 bilhões de dólares por ano.
A produção da pesca extrativa encontra-se estagnada, já ultrapassando o seu limite sustentável.
Em contrapartida, a produção da aqüicultura vem ganhando importância na oferta total de pescados, com um crescimento mundial médio de 7% ao ano nos últimos.
Na questão estratégica alguns produtos de pescados percorrem o mundo com forte carga de referência à sua origem, tornando esta chancela a sua mais forte ferramenta de marketing. É fácil perceber isso quando vemos o bacalhau da Noruega e o salmão chileno.
O Brasil cresce gradativamente