Uma breve descrição da Psicanálise

Resumo 2 – “Uma breve descrição da psicanálise” – Obra completa de Freud – (1924) v. XIX Em “Uma breve descrição da psicanálise”, Freud traz uma descrição do nascimento da psicanálise enquanto ciência, assim como narra as dificuldades enfrentadas por tal método e as origens de seu desenvolvimento. Somos apresentados às diversas esferas às quais a psicanálise se propôs a entender e como se deu sua expansão pelo mundo científico. A psicanálise, embora tenha oficialmente nascido com o século XX, tem suas raízes em ideias e trabalhos passados. A relevância de tais origens não deve ser descartada para o estudo da psicanálise. É preciso entender o nascimento recente de tal método, pois o contexto histórico era de pouco desenvolvimento dos estudos a cerca do lado psíquico humano. Os neurologistas da época interessavam-se apenas pelos aspectos químico-físico e patológico-anatômico de seus pacientes. Questões psicológicas eram encaradas como assunto de filósofos, místicos e charlatões. Essa negligência com o psiquismo refletia-se no tratamento dado aos pacientes com neurose. Eles eram usualmente tratados com ameaças, zombarias e até mesmo choques elétricos. A histeria era um bom exemplo de neurose encarada com desdém pelo médicos da época. Apenas com o advento do hipnotismo começou-se a explorar tais problemas. O método hipnótico foi melhor aceito pela ciência médica, e sua utilização em pacientes deixou clara a relação entre problemas corporais e aspectos mentais, bem como a existência do inconsciente. Antes tratado apenas por filósofos, o inconsciente ganhava, naquele momento, comprovação e passava a ser objeto de estudos. A hipnose foi utilizada por vários especialistas em pacientes histéricos, ajudando-os a entender a intrínseca relação entre os traumas e os sintomas da histeria, bem como seus aspectos mentais e emocionais. As memórias do trauma ficavam, segundo os estudiosos (entre eles, Freud), presos no inconsciente e, por hipnose, os pacientes