Triquenta

356 palavras 2 páginas
Era final de ano, verão, férias. O melhor destino como sempre era ir para o litoral, fomos todos aqui de casa até o namorado da minha irmã foi. Era o segundo verão de Jonas no litoral conosco, ele já conhecia a praia e a vizinhança bem, passavam-se as pessoas por frente de casa e nós comentávamos com alguém, lá vai o seu Honório, o primo da minha avó, lá vai o seu Jair com a sua esposa, algo assim. Tinha um conhecido em especial que tinha um apelido inusitado. Era o seu Boizinho, o homem que cuidava do terreno de nossa casa, aparava a grama, varria as folhas das árvores. O seu nome era na verdade Olímpio, Boizinho era por causa de um boi magro e sem rabo que ele possuíra há anos atrás. Isso era uma coisa que Jonas não sabia, mas que não tinha influenciado ele até agora, nunca havia falado diretamente com seu Olímpio, vulgo Boizinho. Até certo dia, onde estávamos jogando futebol em frente de casa, chutando de um lado para o outro, num chute mais desajeitado, Jonas isolou a bola, que foi direto para o telhado de casa e lá ficando parada. Pensamos e pensamos como tirar ela de lá, mas nada vinha a cabeça. Até que nos lembramos do seu Olímpio, o qual possuía uma escada, que poderia nos levar ao telhado. Como ele morava perto, a duas quadras dali, fomos buscar a escada, eu e Jonas. Chegando lá demos de cara com a filha dele, Jonas como não era um cara tímido logo disse "Oi, o seu boizinho está?". Erro fatal dele, apenas nossa família o chamava assim, ninguém mais sabia. A filha de seu Olímpio ficou perplexa, não havia entendido nada, tive que rapidamente corrigi-lo, perguntei pelo seu Olímpio. Ele veio e nos emprestou a escada, pegamos a bola e fomos devolver a escada, dessa vez Jonas não falou nada, estava tão envergonhado que nem do portão da casa do seu Olímpio passou. Voltando para casa, ele virou a piadinha do verão, minha irmã nem com ele está mais, mas nunca mais esquecemos essa

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