TRILOBITA RESUMO: Os trilobitas podem ser considerados fósseis ideais para análises tafonômicas, pois seu exoesqueleto segmentado é constituído por escleritos com forma, densidade e tamanho distintos. Além disso, os trilobitas ocupam diversos ambientes siliciclásticos ou carbonáticos de águas rasas a profundas, apresentando-se preservados de diferentes maneiras, refletindo, assim, histórias tafonômicas distintas. O "neotrilobita" clássico possui três divisões longitudinais, com cada um dos somitos torácicos e pigidiais exibindo um lobo mediano e dois pleurais. No céfalo encontra-se a glabela, delimitada por faces laterais, por sua vez divididas pelas suturas faciais. Os olhos, ausentes em várias formas, estão dispostos na fixigena. O exoesqueleto apresenta uma pequena placa ventral próxima à boca (hipostoma) e uma membrana ventral, raramente preservada. A glabela e as faces fixas constituem o cranídio, com o ângulo pósterolateral podendo apresentar um alongamento, e as suturas faciais podem ser propáricas, gonatopáricas ou opistopáricas. Palavras-chave: Céfalo; Exoesqueleto; Glabela; Morfologia; Sutura. Os trilobitas podem ser considerados fósseis ideais para análises tafonômicas, pois seu exoesqueleto segmentado (esqueleto multielemento, BRETT & BAIRD, 1986) é constituído por escleritos com forma, densidade e tamanho distintos (WESTROP & RUDKIN, 1999). Além disso, os trilobites ocupam diversos ambientes siliciclásticos ou carbonáticos de águas rasas a profundas, apresentando-se preservados de diferentes maneiras, refletindo, assim, histórias tafonômicas distintas. Speyer & Brett (1986), por exemplo, enfaticamente discutem que esqueletos multielementos articulados são excelentes indicadores do grau de energia do meio. É importante ressaltar, entretanto, que mesmo em condições de baixa energia é possível encontrar concentrações de organismos, com esqueleto multielemento desarticulado, formadas, exclusivamente, por mudas (exúvias) (GHILARDI, 2004). O "neotrilobita"