Transtornos mentais em mulheres com doenças crônicas
O número de indivíduos que sofrem de transtornos mentais vem aumentando gradativamente na população. A modalidade da assistência, seja na atenção básica ou hospitalar, inclui não apenas a assistência a pessoas em sofrimento psíquico ou com transtornos mentais já instalados, mas também o desenvolvimento de ações preventivas e de detecção precoce o paciente e sua família (WAIDMAN, 2010).
A saúde da mulher é melhor explanada pelo manual da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, que conceitua que é importante considerar o fato de que determinados problemas afetam de maneira distinta homens e mulheres. Isso se apresenta de maneira marcante no caso da violência. Enquanto a mortalidade por violência afeta os homens em grandes proporções, a morbidade, especialmente provocada pela violência doméstica e sexual, atinge prioritariamente a população feminina. Também no caso dos problemas de saúde associados ao exercício da sexualidade, as mulheres estão particularmente afetadas e, pela particularidade biológica, têm como complicação a transmissão vertical de doenças como a sífilis e o vírus HIV, a mortalidade materna e os problemas de morbidade ainda pouco estudados (BRASIL, 2007).
Com relação à mulher acometida por transtornos mentais, Araújo et al (2005) destacam que as pesquisas de saúde mental das mulheres devem considerar os múltiplos papéis exercidos, incluindo avaliação dos diferentes espaços da vida nos quais as mulheres atuam, seja no trabalho profissional ou doméstico. Afinal, enquanto os homens chegam em casa e descansam, a maioria das mulheres começa uma nova jornada laboral.
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), principalmente do aparelho circulatório, câncer, respiratórias crônicas, diabetes e musculoesqueléticas, são doenças multifatoriais relacionadas a fatores de riscos não modificáveis como idade, sexo e raça, e os modificáveis destacando-se o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, a obesidade, as