Trabalho jéca tatu

O texto situa-se no início do século XX, versando sobre o caboclo e sua condição de “homem sem oportunidades”, essas pessoas simples eram rotuladas de atrasadas em relação a modernidade e por consequência o progresso, além de não terem o conhecimento tecnológico necessário para o cultivo das terras. O texto nos mostra um homem do interior que é preguiçoso, pobre e doente. Podemos ver no texto discussões acerca das questões sanitárias e uma interpretação da sociedade da época, Lobato acaba por relacionar saúde pública e educação. Em uma primeira analise vemos a descrição do personagem como sendo doente, preguiço e pouco civilizado como mostra um trecho do texto “Jéca Tatu era tão fraco que quando ia lenhar vinha com um feixinho que parecia brincadeira. E vinha arcado, como se estivesse carregando um enorme peso”, em outra parte o autor faz um questionamento que ilustra a preguiça do Jeca, “Perto morava um italiano já bastante arranjado, mas que ainda assim trabalhava o dia inteiro. Por que Jéca não fazia o mesmo? ”. A sua incivilidade vinha da sua falta de conhecimento e por ser iletrado, como demonstra o texto “Aprendeu logo a ler, encheu a casa de livros e por fim tomou um professor de inglês. ”
Em um segundo momento o personagem se transforma e passa a ser vítima do sistema governamental que é excludente, ou seja, vítima das enfermidades que justificariam sua condição antes relatada, ao se consultar com o médico ele descobre ser portador de uma doença, que seria a causadora do seu estado letárgico. É nesse momento que o Estado aparece como um importante meio para se sanar as questões sanitárias e transformar assim a vida dos caboclos, assim além da cura física podemos notar pelo texto que há também uma mudança em relação ao comportamento geral do personagem. Vejamos o seguinte trecho:
“Três meses depois ninguém mais conhecia o Jéca. A preguiça desapareceu. Quando ele agarrava no machado, as árvores tremiam de pavor. Era pan, pan, pan... horas seguidas, e os