Monteiro lobato

1739 palavras 7 páginas
Este texto narra a construção da figura simbólica do Jeca Tatu e é parte de uma biografia sobre Monteiro Lobato, tendo como cenário o pensamento social brasileiro. Uma análise das representações sociais e literárias sobre o país, destacando um aspecto pouco presente na literatura acadêmica, que examina a difusão dos textos, sem uma investigação rigorosa das condições históricas de produção do pensamento social e político. Portanto, sem articulação da identidade cultural com a criação dos tipos sociológicos, que em vários momentos, foram “retratos” desta identidade: Jeca-Tatu, Macunaíma, Policarpo Quaresma e outros.
Consideramos que a contribuição deste trabalho consiste em investigar a participação dos membros do movimento sanitarista[1] na adoção de idéias e práticas de educação higiênica e, ao mesmo tempo, nas interpretações sobre a sociedade brasileira. Em outras palavras, julgamos relevante construir um projeto que relacione as imagens simbólicas da obra lobatiana às políticas de saúde pública e de educação. Em suma, este texto é um ensaio biográfico sobre este pungente personagem das letras nacionais: o Jeca Tatu.[2] Nascido como um símbolo do trabalhador rural pobre e doente, em carta escrita por Monteiro Lobato ao jornal “O Estado de São Paulo”, Jeca tornou-se sinônimo de homem do interior. Inclusive, através de sua narrativa, uma empresa de produtos farmacêuticos, difundiu um tônico, propagando os seus valores terapêuticos, chegando a circular em milhões de exemplares nas páginas do folheto “Jecatatuzinho”. A presença do símbolo do homem da roça em campanhas de educação higiênica, especialmente as direcionadas ao controle das endemias rurais, ajudou a popularizar os cuidados com a higiene individual e a saúde pública nas primeiras décadas do século XX.
Caricatura do caipira brasileiro, o Jeca é um dos mais conhecidos personagens de nossa cultura. De caboclo preguiçoso, parasita e indolente à vítima da doença, a trajetória do matuto desenvolvido por Lobato

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