Trabalho Investigação

Investigação Social e Formação à Investigação
Flória Martins

Investigação Social e Formação à Investigação
Soulet, M. H.- “Recherche sociale et formation à la recherche”, Paper presented on the conference “Problémes épistemologiques à la recherche en travail social », Paris, Mars 2000, pag (1 :13)

Este texto faz referência ao colóquio europeu, no qual os seus organizadores pretenderam compreender a ligação entre investigação e trabalho social.
Após a introdução da opção da investigação no seio do Diploma Superior de Trabalho Social, a Investigação deixou de fazer “medo”, ela foi tão “domesticada” que toda a gente, no seio do trabalho social, se pode identificar com ela e reconhecer como investigador ou seja, a investigação social banalizou-se.
Tentando compreender como a investigação se actualizou até hoje, o autor aponta 3 hipóteses que podem ser resumidas em 3 tipos de engenhos:
Um engenho de definição;
Um engenho de problemática;
E outro de formação.
1- A Investigação Social como um Engenho de Definição
No campo da investigação social, a heterogeneidade dos seus objectos mostra a sua origem, pelo facto que a investigação social é, essencialmente, determinada pelos vários interesses daqueles que produzem a investigação, tais como os profissionais que estão no terreno, bem como os políticos e administrativos da sociedade.
Ela subdivide-se pela intersecção de vários sectores que têm o seu valor, as suas normas e as suas finalidades de funcionamento que provêm da sua natureza e que procura operar uma ligação dinâmica entre reflexão científica e preocupação social, tal como nos diz a seguinte definição, sobre o qual cada autor interessado pode globalmente “acordar-se”: “A investigação social corresponde à necessidade de “espelhar” os instrumentos científicos à intervenção sócio-politica, de modo a conjugar os esforços para exercer uma obra de regulamentação social voluntária indispensável em todas as sociedades