Trabalho em grupo - dissertação

O homem como ser social tem a difícil tarefa de viver em sociedade, ou melhor, aprender a conviver com seus semelhantes. A convivência dos seres é tão complicada que para ela fora construída, ao longo dos séculos, as regras de convivência (leis, códigos de ética, etc.) para poder dar maior enlace as relações sociais. Mas, quando se refere à humanização do homem, se refere a muito além do conviver. Humanizar é ver a si próprio no semelhante, é tratar com dignidade e honra as pessoas que vivem em conjunto, é assimilar características humanas positivas em si mesmo e no outro. Carlos Drummond de Andrade no poema “O homem, as viagens” diz: “Só resta ao homem”, e grifa “(estará equipado?)”. Quando ele usa o termo “estará equipado”, ele se refere ao homem preparado para tanta coisa, como pisar na lua, encontrar espécies nas profundezas dos oceanos, mas, e para esta viagem, de si a si mesmo, será que o homem está preparado, equipado? Paralelamente o SUS está equipado para esta viagem? O Humaniza SUS defende um SUS que “reconhece a diversidade do povo brasileiro e a todos oferece a mesma atenção à saúde, sem distinção de idade, etnia, origem, gênero e orientação sexual”. Para o homem parece ser tão difícil conhecer-se, quando o Humaniza SUS pretende tratar a todos igualmente e para que isso seja feito de uma maneira justa, os gestores deste SUS precisam de corações humanizados, precisam se conhecer para se colocar no lugar do outro. Mas, o SUS é tão procurado, esses gestores têm que estar equipados para organizar da melhor maneira possível as prioridades. Assim, esses gestores devem “pôr o pé no chão do seu coração, experimentar, colonizar, civilizar, humanizar”. E essa população, necessitada do SUS, deve também estar equipada, humanizada para entender as limitações desse atendimento. O poema se relaciona com a Política de Humanização do SUS no ponto em que não é fácil conviver com a