TRABALHE COM AMOR
Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados uns dos outros. Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições.
Todos que viviam ali trabalhavam na roça do senhor João, dono de muitas terras, que exigia trabalho duro, pagando muito pouco por isso.
Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé alegria. Era um jovem agricultor em busca de trabalho. Foi admitido e recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.
O jovem, vendo aquela casa suja e abandonada, resolveu dar-lhe vida nova.
Cuidou da limpeza e nas suas horas vagas, lixou e pintou as paredes da casa com cores alegres e brilhantes, além de plantar muitas flores no jardim.
Aquela casa limpa e arrumada destacava-se das demais e chamava a atenção de todos que por ali passavam.
Ele sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, por isso tinha o apelido de Zé alegria.
Os outros trabalhadores lhe perguntavam: como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com tão pouco dinheiro que ganhamos?
O jovem olhou para os amigos e disse: -“ Este trabalho, hoje, é tudo que eu tenho. Ao invés de ficar reclamando, prefiro agradecer por ele. Quando aceitei trabalhar aqui, sabia das condições que iria receber e concordei com o que me ofereceram, foi o combinado. Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando. Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer. Os outros, que acreditavam ser vítimas das circunstâncias, abandonados pelo destino, o olhavam admirados e comentavam entre si: "como ele pode pensar assim?"
O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção do dono da fazenda que passou a observá-lo à distância.
Um dia o Sr. João pensou: "alguém que cuida com tanto carinho da casa que não é sua, cuidará com o mesmo capricho da minha fazenda. Ele é o único aqui que pensa como eu. Estou velho e preciso de