Teoria ondulatória

2857 palavras 12 páginas
1- introdução

A natureza da luz é discutida na maioria dos livros-texto de física. Geralmente, é explicitada a dicotomia onda-partícula, segundo a qual a luz apresenta duplo caráter, de onda e de partícula. Citam-se então o físico holandês Christiaan Huygens (1629-1695), um dos primeiros sistematizadores da teoria ondulatória da luz, e seu contemporâneo inglês Isaac Newton (1642-1727), a quem atribuem a defesa de uma teoria puramente corpuscular.
O resgate histórico costuma opor os defensores das duas teorias, em que o fiel da balança ora pendeu para um lado, ora para o outro, até a aceitação de ambas no Século XX. Assim, nos Séculos XVII e XVIII, em parte graças ao prestígio científico de Newton, prevaleceria a teoria corpuscular. No início do Século XIX, os experimentos de Young e Fresnel, entre outros, estabeleceriam a necessidade de uma teoria ondulatória, complementada com os trabalhos de Hertz, revelando tratar-se a luz de uma onda eletromagnética. No alborescer do Século XX, entretanto, novos efeitos viriam a ser observados, levando ao estabelecimento de que a luz possui o caráter dual de onda e de partícula. Habitualmente, não se refere nem mesmo à existência de mais de uma interpretação desse conceito [1].
2- O mecanicismo
O Tratado da Luz [2], doravante referido apenas como Tratado, foi apresentado por Huygens em 1678 à Academia Real de Ciências da França, em Paris, e publicado em Leyde, em 1690.
O Tratado é dividido em duas partes: a primeira, em que são explicadas as causas do que ocorre na reflexão, na refração e particularmente na estranha refração do cristal da Islândia (calcita); a segunda, um discurso sobre a causa do peso. A presença dessa última parte, aparentemente desconexa da primeira, não deve causar estranheza, pois é altamente reveladora dos princípios contidos em ambas: um modelo mecânico para explicar os efeitos que descrevem.

Em 1672, Newton publica seus dois primeiros artigos sobre óptica. No primeiro, apresenta uma

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