Tecnicas de mapeamento Daniel

GEOLOGIA DE CAMPO I (CG-0490)
TÉCNICAS DE MAPEAMENTO DE BACIAS SEDIMENTARES
Prof. Daniel Rodrigues
Confecção de mapa geológico
Todo mapeamento geológico é baseado nos contatos entre diferentes tipos de rochas, tanto entre aquelas pertencentes a grupos distintos (por ex. ígneas com sedimentares e/ou metamórficas etc.), como entre rochas do mesmo tipo (por ex. calcário com arenito, ambos sedimentares). Os contatos identificados em campo representam pontos onde a superfície topográfica e a superfície do contato possuem a mesma cota.
Mas essa coincidência normalmente não persiste ao longo do terreno. Em outras palavras, não basta desenhar o contato acompanhando a topografia para completar seu mapa
(Figura 1).

Figura 1. Curvas de nível (pretas) e de contorno estrutural de um contato (vermelhas), vistas em perfil e em visão plana. Extraído de Almeida (2010).

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Para isso, o contorno estrutural do contato deve ser desenhado. Quanto mais informação de campo, melhor e mais preciso será seu desenho e, portanto, melhor posicionado estará o contato desenhado no mapa geológico, especialmente para a interpolação daquelas regiões inacessíveis ou não visitadas durante a atividade. Na prática, porém, é comum ocorrerem dificuldades que limitem a obtenção de dados, como acessos difíceis ou perigosos, camadas alteradas por pedogênese, espaçamento inadequado, contatos graduais e/ou irregulares etc. As técnicas apresentadas a seguir foram ordenadas de acordo com a quantidade de informações obtidas durante a campanha de mapeamento.
Técnicas de contorno estrutural plano
As técnicas a seguir são para interpolação de contatos assumidos como planos, ou seja, aqueles em que as irregularidades em superfície são consideradas desprezíveis.
Situações desse tipo são mais apropriadas ao mapeamento de bacias sedimentares, cuja deformação tende a ser mais localizada. No entanto, mesmo nesses casos, deve-se atenção ao fato de que pode haver discordâncias angulares, superfícies erosivas
irregulares,