Migração para Software Livre
01 de maio de 2007
O Governo Federal já acumula grande conhecimento em migrações para software livre. A experiência ensina o que fazer (e não fazer) para adotar com sucesso os softwares abertos.
Por Corinto Meffe
Com Daniel Darlen*
As experiências do Governo Federal, retratadas no Guia Livre[1], revelam a existência dos mais variados métodos e modelos de migração para software livre. Entretanto, pouco se comenta na esfera pública, sobre as experiências de insucesso enfrentadas no desenrolar de processos de migração, sejam das instituições destacadas no Guia ou das demais experiências que ainda não foram tornadas públicas. Se por um lado já existem boas referências das mais variadas estratégias para se iniciar uma migração, por outro, ainda há escassez de informações sobre os caminhos a serem evitados.
O paradoxo em questão não se propõe a criar um arcabouço de mitos, dúvidas ou inconvenientes técnicos para migração, mas, ao contrário, facilitar, acelerar e fortalecer as atividades e tarefas dos que estão começando ou enfrentando processos de migração.
Na prática, qualquer processo de migração executado ou em execução na Administração Pública convive com três aspectos gerais:
i) os casos de sucesso e as “boas práticas”, na maioria das vezes, não se aplicam em outros ambientes; ii) os casos de insucesso técnico não estão devidamente documentados; e /li> iii) existe um desconhecimento da totalidade do ambiente de TI em boa parte das instituições.
Além dos poucos relatos de insucesso, o cenário atual aponta para os percalços de se aplicar uma experiência bem sucedida em outra instituição. Isso ocorre em função de duas condições: os ambientes computacionais internos de cada organização são muito heterogêneos; e essa heterogeneidade dificulta a replicação das experiências nas organizações, em decorrência da pouca ou nenhuma similaridade entre os ambientes. Dessa forma, dificilmente uma prática