Tania Re3gina de Luca

Para Capelato (1988, p. 23), “conhecer a história através da imprensa pressupõe um trabalho com método rigoroso, tratamento adequado de fonte e reflexão teórica. Sem esses ingredientes corre-se o risco de repetir para o leitor, aliás, sem o charme do jornal, a história que ele conta”.

A análise considerou os termos utilizados, a tiragem, e, ainda, as relações com instituições políticas e econômicas, os editoriais, as motivações desses jornais ao destacarem uma determinada notícia, os temas priorizados, a linguagem empregada e o público que o jornal espera atingir, já que, segundo Capelato (1988, p. 21), A imprensa constitui um instrumento de manipulação de interesses e intervenção na vida social. Partindo desse pressuposto, o historiador procura estudá-lo como agente da história e captar o movimento vivo das idéias e personagens que circulam pelas páginas dos jornais. A categoria abstrata imprensa se desmistifica quando se faz emergir a figura de seus produtores como sujeitos dotados de consciência determinada na prática social.

os discursos adquirem significados de muitas formas, inclusive pelos procedimentos tipográficos e de ilustração que os cercam. A ênfase em certos temas, a linguagem e a natureza do conteúdo tampouco se dissociam do público que o jornal ou revista pretende atingir (DE LUCA, 2005, p. 140).
Em relação a este aspecto, Tânia Regina de Luca pondera que “O pesquisador dos jornais e revistas trabalha com o que se tornou notícia, o que por si só já abarca um espectro de questões, pois será preciso dar conta das motivações que levaram à decisão de dar publicidade a alguma coisa. Entretanto, ter sido publicado implica atentar para o destaque conferido ao acontecimento, assim como para o local em que se deu a publicação”. (DE LUCA, 2005, p. 140)

Durante a primeira metade do século XX a utilização da imprensa era feita com