SOLIDARIEDADE SOCIAL

SOLIDARIEDADE SOCIAL: MECÂNICA E ORGÂNICA

Os laços que prendem uma sociedade segundo Émile seria a solidariedade social, sendo do tipo mecânico ou orgânico.
A consciência coletiva é responsável pelos nossos valores morais. A soma dos dois, coletivo e individual forma o ser social. E é transmitida de geração em geração, através da educação social.
A solidariedade social varia de acordo com o modelo de organização. Na sociedade primitiva e medieval, vivia-se em uma solidariedade mecânica, onde todos eram levados a pensar da mesma maneira, tendo o mesmo ponto de vista moral religioso e social, dessa forma as leis eram impostas de uma forma mais simples, sem papel, para que todo entendesse e obedecesse. Em uma sociedade mecânica apesar da consciência individual, todos eram levados a pensar e agir do mesmo modo. O bem comum era o que importava desse modo não se via o individuo individualizado. Um exemplo de solidariedade mecânica era a igreja católica, onde todos eram obrigados a pensar da mesma forma. Se houvesse alguém que pensasse de maneira diferente a que eles empunhavam logo se arrumava uma maneira de calar a boca do individuo ou até mesmo o grupo. Por isso, muitos foram assassinados em nome de “Deus”.
Na sociedade orgânica o individual é mais valorizado, cada um tem seu papel fundamental, fazendo com que sua individualização o torne único, havendo espaços para o desenvolvimento de personalidades. O que se leva em conta não é a semelhança, mas a individualidade e opinião própria. Cada um tem sua crença, e sua forma de pensar, assim todos se somam.
Vivemos hoje em uma solidariedade orgânica, o crítico, e a individualidade prevalece. Cada um tem seu ritmo, cada um explora seu talento e faz o que mais lhe agrada. As leis são mais complexas.
O que Émile quer retratar nesse estudo é que as duas são fundamentais para o desenvolvimento do ser social. Tanto a forma simples como a forma mais complexa, tanto para uma consciência coletiva ou individual.