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Com dez metros de altura, a extensa parede de água avançou sobre a costa nordeste do Japão e arrastou o que encontrou pela frente. Navios e contêineres foram jogados de um lado para outro, como se fossem pequenos brinquedos. Carros de todos os tamanhos flutuavam por ruas alagadas, aeroportos foram invadidos por águas repletas de destroços, enquanto as pessoas buscavam abrigo em áreas mais elevadas. Nos campos, as plantações de arroz submergiram em segundos.

O devastador tsunami que atingiu o Japão em 11 de março de 2011 é considerado o mais devastador da história do país, que há 140 anos registra o fenômeno natural. O choque entre as placas tectônicas Eurasiana e do Atlântico ocorreu a 32 quilômetros da superfície e provocou um terremoto de 8,9 graus na escala Richter, dispersando energia equivalente a 30 mil bombas de Hiroshima. As cenas do tsunami invadindo o Japão são assustadoras e ficarão na memória da população mundial por muito tempo - confira imagens captadas durante a invasão da água.

No entanto, vale lembrar que o fenômeno não se restringe à "terra do sol nascente". Outros países já foram atingidos pela fúria das águas - o Chile, situado no mesmo continente do Brasil, foi cenário de alguns dos tsunamis mais devastadores da história. Em 13 de agosto de 1868, dois terremotos com magnitude de 8,5 graus da escala Richter ocasionaram ondas que atingiram 21 metros. Cerca de 25 mil pessoas morreram.

Mas foi no final de 2004, que ocorreu a maior tragédia, em número de vidas humanas. Na manhã de 26 de dezembro, a terra tremeu 10 km abaixo do nível do mar, a oeste da ilha de Sumatra, no oceano Índico. Esse terremoto provocou um tsunami que atingiu oito países asiáticos: Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Maldivas, Mianmar, Sri Lanka e Tailândia. Ondas gigantes, deslocando-se a até 800 km/h, varreram cidades costeiras inteiras. Milhares de pessoas morreram afogadas, outras tantas foram esmagadas pela força das águas ou ficaram presas em escombros.