SINDROME DILATAÇÃO VOLVULO GASTRICA
A dilatação aguda do estômago, associada a sua torção, é um evento potencialmente maléfico que requer tratamento médico emergencial, podendo ou não estar associada à terapia cirúrgica, na tentativa de otimizar as chances de sucesso e consequente manutenção da vida do paciente. A rápida identificação, escolha da terapia adequada e estabilização precoce do paciente são os principais componentes de sucesso no tratamento.
A taxa de mortalidade nos casos de dilatação volvo gástrica (DVG) é alta e está intimamente relacionada à identificação precoce das alterações sistêmicas e início correto da terapia médica. A influência dessa síndrome em diferentes órgãos e seu manejo.
A DVG é muito provavelmente uma doença poligênica, com fortes influências fenotípicas e ambientais. A maioria dos episódios de DVG resultam de um único fator de risco importante ou vários fatores de risco combinados (BROCKMAN & HOLT, 2000). A síndrome ocorre mais comumente em cães de raças grandes e gigantes, embora possa ocorrer em raças pequenas (LANTZ, 2005). Segundo HEDLUND & FOSSUM (2008), a taxa de mortalidade varia de 20 a 45% em animais tratados.
Embora algum progresso tenha sido alcançado na determinação dos fatores de risco, na compreensão da fisiopatologia e no desenvolvimento de novos tratamentos, a causa ainda é desconhecida (HALL, 2004), o que dificulta a adoção de medidas específicas no manejo do paciente para se evitar a DVG (LANTZ, 2005).
2 - SÍNDROME DA DILATAÇÃO VOLVULO GÁSTRICA
Dilatação gástrica com volvo é diferenciada do ingurgitamento pós-prandial (“timpanismo alimentar”), que se caracteriza pelo consumo de grande volume alimentar, entretanto, resulta em um estômago excessivamente distendido e cheio de conteúdo em posição normal (RASMUSSEN, 2007). A Síndrome da DVG é uma condição clínica e cirúrgica aguda, com vários efeitos fisiopatológicos locais e sistêmicos (MATTHIESEN, 1996), que expõem o animal a um risco iminente de morte