Semi arido

O Semiárido brasileiro por apresentar uma característica incomum aos outros de território passou a ter em seu meio rural, sentidos e significados que foram marcados pelas peculiaridades, foi que as políticas públicas passaram a ter um olhar diferente para essa região, então foi a partir da década de 1970 que surgiu a proposta da “Convivência com o Semiárido” onde visava reorientar as ações para que elas pudessem ajudar a população do local a desenvolver meios sustentáveis no meio rural.

Quando se fala em aprender a conviver com a realidade ambiental do Semiárido, falamos também da construção e desconstrução de conhecimentos, estaremos modificamos o modo como durante anos a natureza foi tratada, os costumes, lembrando que o foco principal é a intenção de como interagir com a natureza. Discute-se qual é a concepção sobre o significado de natureza e Semiárido para que se possa discutir sobre a “convivência” no meio rural, onde são tratados os uso da água e da biodiversidade.

O Semiárido apresentado pelos livros, romances e etc. traz para a região uma imagem de “lugar pobre”, fatores estes que foram contribuindo para o pouco investimento. Sabe-se que a questão climática é o fator principal para o abastecimento hídrico, e nesse contexto a seca tornou-se sinônimo de pobreza e um instrumento político.

Durante o século XX o Estado passou a adotar medidas pela correção hídrica, que ficou conhecida com “combate às secas” institucionalizando a região como o “Polígono das Secas”, esquecendo o território natural e enfatizando o território político.

As práticas adotadas pelo Estado buscavam paliativos contra seca, não tinha como objetivo conhecer o território e compreender suas potencialidades e buscar meio que de fato ajudassem a população a viver sem que recebesse ajuda de caráter assistencialista.

Hoje com outro olhar voltado para a Região Nordeste, vem se descobrindo o significado de convivência com o Semiárido, onde o meio aprende a se preparar para a seca,