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Tanto a internacionalização como sua forma mais recente, a globaliza- ção, não passam de manifestações de um fenômeno mais fundamental que é a ampliação dos mercados. Esta se processa molecularmente sempre que os produtos de uma atividade especializada são adquiridos por agentes nãoespecializados, os quais, para poder continuar usufruindo os referidos produtos, são obrigados a também se especializar em alguma produção diferente, que servirá para pagar os produtos obtidos alhures. Ao se especializarem, os agentes ganham e perdem. Ganham produtividade, podendo aumentar, por meio do intercâmbio, o seu consumo. Perdem autonomia, pois enquanto eram não-especializados ou pouco especializados eram auto-suficientes. Enquanto consumiam apenas o que podiam produzir, eram pobres mas não dependiam de outras "sociedades" para se manter. Uma vez inseridos no mercado, o seu lugar na divisão local, regional, nacional ou internacional do trabalho passou a estar permanentemente sob o risco de ser tomado por algum novo competidor. A ampliação dos mercados traz ao mesmo tempo prosperidade e insegurança. às navegações transoceânicas, a partir do século XV, a África e as Américas foram integradas a um sistema de economia mundial já em pleno funcionamento. No século seguinte, a integração alcançou a Oceania e vários arquipélagos do Pacífico. Enfim, a internacionalização já progride há mais de meio milênio e o mundo atual é seu produto.
A globalização pretende ser uma mudança qualitativa da internacionalização, na medida em que grandes progressos em comunicação e transporte aproximaram ainda mais todos os povos nos sentidos material e cultural. Outro fator tão ou mais significativo da globalização foi o prolongado período de paz que se seguiu à II Guerra Mundial, não obstante as várias guerras locais travadas principalmente na Ásia e na África. Se a internacionalização sofreu sua maior reversão em razão das duas guerras mundiais e da crise dos anos 30, a ausência de

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