Schelling

4514 palavras 19 páginas
Introdução

Qual a possibilidade de uma natureza fora do nosso espírito?

Schelling nos diz que a pergunta pela possibilidade de uma natureza fora do nosso espírito não é uma questão que se põe de maneira natural (em sentido filosófico). Para o Filósofo, o homem passa a infância de sua razão imerso na natureza e não é de maneira simples que dela ele se desvencilha. O espírito possui como elemento a liberdade e vive na ânsia de ultrapassar as cadeias do mundo natural para, posteriormente, após liberto, voltar a ele. De fato a cisão entre homem e natureza deve certamente ocorrer, porém, esta não deve ser um fim, mas sim, um meio. Schelling critica a especulação por ser uma barreira que faz da natureza um objeto da fantasia, pondo um abismo entre o homem e a natureza. A filosofia não pode fazer do mundo uma coisa-em-si, cedendo espaço para as especulações mais fantásticas, mas deve servir para extrair as últimas conseqüências na investigação do mundo.

De acordo com Schelling, na medida em que o homem não é um mero objeto, isto é, que não está compreendido na relação entre as coisas, mas, pelo contrário, encontra-se livre; liberto da conexão entre os objetos, isto é, da relação de causa e efeito, independente, o homem deve ser capaz da pergunta que deu início à filosofia, a saber, da possibilidade de um mundo fora dele ou, propriamente, da possibilidade de uma filosofia da natureza.

1. Objeto e representação

O Filósofo expõe que as impressões dos objetos em nós não se explicam pelo fato de uma coisa-em-si que, embora não nos seja intuída, produz representações, como o quer a escola kantiana. Em oposição aos kantianos, Schelling retoma Leibniz. Segundo Leibniz, afirma Schelling, a alma possui a intuição de Deus, ou melhor, do infinito e, deste modo, concebe as representações das coisas externas somente porque estas são regidas por leis próprias, como em um mundo particular. Nestas condições, as mudanças de percepções e representações não se dão por um

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