Saúde pública em Lisboa

2387 palavras 10 páginas
Lisboa oitocentista, um retratado pelo estrangeiro
A saúde Pública

Docentes: Luís Espinha da Silveira e Paulo Jorge Fernandes
Raquel Marques da Costa Lourenço Nº 38079

23 de Novembro de 2014
Para avaliarmos a saúde pública lisboeta através do olhar estrangeiro temos, primeiramente, de contextualizar, referindo a população da mesma. Lisboa contava, no início do século XIX, com cerca de 170 mil habitantes que se distribuíam, aproximadamente por 44 mil fogos. Em 1900 eram já 351 mil habitantes, distribuídos por 78 mil fogos. É um aumento médio embora superior ao registado em relação ao resto do país. Foi nítido o contraste entre a primeira metade do século, que se prolongou até 1857, que corresponde ao último surto epidémico na cidade, a que sucede uma subida moderada. Nas últimas décadas a população cresceu muito rapidamente, mais de 70 %. Durante o século XIX esbateram-se as diferenças, inicialmente vincadas, quanto à forma de vivência nas diferentes zonas da cidade. A mutação mais significativa foi o aumento de fogos com mais de 5 habitantes, já assinalável em 1864. Em meados da centúria, Santos e Santa Isabel continuavam a ser áreas administrativas mais populosas. Este aumento da população, em que o número de indivíduos por fogo aumenta substancialmente, afecta, logicamente, a saúde pública, que por si só já, precária. As ruas de Lisboa eram estreitas e húmidas e recebiam todo o tipo de imundices. As casas eram altas, com cinco ou seis pisos e raramente entrava sol, tornando-as extremamente doentias. A conjugação destes aspectos justifica a precariedade da vida humana na capital portuguesa.
A maior parte dos estrangeiros que passavam pela capital portuguesa ficam admirados com a vista que possuem do Tejo sobre a cidade dizendo; “Quem não tem visto Lisboa, não tem visto coisa boa”1. Referem também nos seus diários, a sujidade caracterizadora da mesma. Dizem mesmo que Lisboa é uma cidade “(…) não limpa, porque os

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