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Com a invenção de novas máquinas, que eram inacessíveis aos camponeses e pequenos artesãos a produção familiar foi, aos poucos sendo superada. As fábricas de fiação se multiplicavam, mantendo um ritmo ininterrupto. No trabalho familiar, eram as mulheres e as crianças os principais trabalhadores domésticos da fiação. Os negociantes mantiveram o emprego dessa força de trabalho em suas fábricas, cuja disciplina, como esperado, era muito mais rigorosa do que a existente no sistema de fiação doméstico.
Nos séculos XVIII e XIX, as formas de trabalho se transformaram radicalmente. Milhares de trabalhadores, principalmente mulheres e crianças concentravam-se em fábricas sob um regime de serviço intenso e rigoroso. Sem uma regulamentação específica, calcula-se que a jornada diária de trabalho era superior a 12 horas. Somente em 1847 apareceram regulamentações que limitavam a jornada a 10 horas. Em 1850, outra lei estipulou um horário para encerrar a atividade semanal: duas horas da tarde de sábado, com descanso no domingo- dia tradicionalmente reservado à religião.
A introdução das máquinas no processo produtivo aumentou o montante dos investimentos no setor têxtil, restringindo o número de empresários com dinheiro para montar fábricas. A propriedade das máquinas concentrou-se na pessoa do industrial/ capitalista, que contratava os operários pagando salários pela jornada de trabalho.
Nas fábricas, os operários atuavam somente em uma etapa da produção- uma mudança radical na forma de realizar seu trabalho. Em outras palavras, o processo produtivo nas fábricas tendia a se fragmentar: estava em curso uma nova divisão do trabalho.
O sistema da fábrica impulsionou outras mudanças. Ampliou consideravelmente a população urbana, multiplicou o setor de serviços( comércio e alimentação). Cresceu a oferta de emprego doméstico- criadas, cozinheiras e arrumadeiras- nas casas dos novos ricos.
Com o aumento da