Rubens Alves

5768 palavras 24 páginas
Contexto Histórico:
O Brasil dos anos sessenta viu a ressaca da maré desenvolvimentista, o Golpe Civil e Militar de 1964 e o recrudescimento da ditadura em 1968.O Catolicismo mundial buscava um aggiornamento com o Concílio Vaticano II. E colocava-se ao lado dos pobres na Conferência de Medellín. No Brasil, surgia o clero progressista em protesto contra a ditadura. No Protestantismo internacional, era o momento do Movimento Ecumênico. No Protestantismo brasileiro, aqueles eram tempos de um forte engajamento social e renovação teológica através da obra do missionário presbiteriano Richard Shaull (1917-2002).
E no meio de todo esse ambiente estava a Igreja Metodista do Brasil. Na primeira metade da década, embalada pelo momento de apelo ao engajamento, ela assumiu uma postura de forte conscientização social.
Porém, na segunda metade dos anos sessenta (logo após o Golpe Civil e Militar de 1964), grupos de tendência conservadora chegaram ao poder na Igreja. Começaram aí os atritos entre a liderança conservadora e os defensores do engajamento social. Estes atritos chegaram a seu auge no ano de 1968 com a Crise da Faculdade de Teologia, o II Concílio Geral Extraordinário e em todo um clima de perseguição político- ideológica nos anos de 1969 e 1970.
A crise da Faculdade de Teologia foi motivada pelo fechamento da instituição- por ordem da liderança conservadora- em resposta a uma greve iniciada pelos alunos no primeiro semestre de 1968. O segundo Concílio Geral Extraordinário foi realizado em setembro para resolver a questão. Porém, ele acabou servindo para ratificar as decisões já tomadas pela liderança. O que se seguiu foi todo um clima de “caça às bruxas”na denominação entre 1969 e 1970. Rerfletindo o momento de endurecimento vivido pelo país, estes setores conservadores acirraram ainda mais seu atrito com as lideranças defensoras do engajamento social da Igreja. Representantes destas últimas foram acusados de comunismo, retirados de seus

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