Rova Teoria

Quando estudamos o Brasil Colonial, nos deparamos com alguns autores que tentaram ajudar, em diferentes perspectivas, a entender como se dispunha a sociedade brasileira na época. Um deles, por exemplo, fora Von Martius. Nascido na Alemanha, o botânico escreve em meados do século XIX uma dissertação aonde afirma que a sociedade brasileira é composta por três grandes raças: cor de cobre (indígenas), branca (portugueses) e preta (africanos).
Escrevendo para um concurso do IHGB, sua dissertação busca trabalhar a ideia de identidade nacional através do hibridismo, explicando em moldes naturalistas a importância das três raças para a formação do brasileiro de então. Dando principal enfoque para os portugueses, o alemão afirma que essa raça mais importante no contexto, uma vez que era um “poderoso motor”, motor esse que seria responsável pela “civilização” da nação, enquanto os indígenas e africanos teriam uma pequena importância em meio à construção da História do Brasil, uma vez que eram considerados inferiores.
De obra filosófica e pragmática, Von Martius se projeta entre o racionalismo e o empirismo, buscando do seu conhecimento científico meios de explicar quais foram os eventos ocorridos que possibilitaram a miscigenação e consequentemente a formação da população brasileira colonial.
Entretanto, a tese de Von Martius não foi bem aceita por todos, e em alguns anos depois surge a História Geral do Brasil, obra escrita pelo brasileiro Varnhagen. Nascido em São Paulo, Varnhagen não aceitava a idéia de miscigenação que propunha Von Martius, pois para ele, a historia do Brasil deveria ser contada à partir de grandes feitos realizados por homens nobres. Em sua obra, o paulista enaltece a colonização portuguesa, taxando a população indígenas de selvagem e quase que excluindo a população afro da história brasilera, populações que acabariam por “sujar” a história do Brasil. Ela, portanto, seria a história difundida pelo IHGB ao longo do século, história essa que deveria