rousseau

587 palavras 3 páginas
As circunstâncias, individuais e coletivas, em que Rousseau escreveu este libelo filosófico são conhecidas. Ele seguia na estrada de Vincennes, a pé, para visitar o amigo Diderot na prisão. Sentou para descansar à sombra de uma árvore, abriu o jornal e leu o anúncio de um concurso literário. Era então um pensador desconhecido, o discurso das artes se transformou em seu primeiro livro. A academia havia proposto o seguinte tema: “O restabelecimento das ciências e das artes terá contribuído para aprimorar os costumes?”

Rousseau respondeu, categoricamente, que não houve este aperfeiçoamento, ao contrário, as ciências e as artes haviam contribuído para o estado de dissolução moral em que se encontrava a sociedade. Apesar de não ser esta a resposta esperada pelos acadêmicos – essas instituições são financiadas pelo poder oficial e pretendem legitimar as suas políticas -, o autor foi agraciado com o primeiro prêmio.

Posteriormente, quando publicado em forma de livro, o seu discurso já trazia uma advertência onde o autor revelava uma feroz autocrítica: “Que será a celebridade? Eis a obra infeliz a que devo a minha. É certo que essa peça, que me valeu um prêmio e me deu nome, será, no máximo, medíocre e, ouso acrescentar, uma das menores deste repositório. Que abismo de misérias não teria evitado o autor se esta primeira obra tivesse sido recebida como o merecia!” (p.181).
"Não sabemos, nem os sofistas, nem os poetas, nem os oradores, nem os artistas, nem eu, o que é o verdadeiro, o bom e o belo. Mas, há, entre nós, esta diferença: embora essa gente nada saiba, julga saber alguma coisa; ao passo que eu, não sabendo nada, ao menos não tenho dúvida. De sorte que toda essa superioridade de sabedoria que me foi concedida pelo oráculo se reduz apenas a estar bem convencido de que ignoro o que não sei." Eis, pois, o mais sábio dos homens, segundo o julgamento dos deuses, e o mais sábio dos atenienses, segundo o sentimento da Grécia inteira. Sócrates, a fazer o

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