ritos da vida privada

Resumo:
Ritos de Vida Privada de Mary del Priore.

A pesquisa da autora se baseia a partir de documentos referentes aos inventários de família e de cartas pessoais dos membros das famílias que viviam no período colonial brasileiro. Um dos personagens escolhidos foi Antônio Gomes Ferrão Castelo Branco que narra em suas cartas ao pai os dramas e as dificuldades de sua vida pessoal. Acontecimentos que iam desde as dificuldades nos negócios, a preocupação com a vida social e a auto-imagem. Basicamente a vida privada se refere aos interesses domésticos e da família como ressalta a autora.
Parece ter sido uma pessoa que não tinha talento para os negócios e acabou passando por momentos de muitas dívidas e dificuldade com a responsabilidade que assumira sobre o rumo da família. Em um de seus relatos demostra a preocupação com o dote das irmãs, que se encontrava sem dinheiro para tal, mas que o importante era manter as aparências.
As famílias tinham o desejo de exibir suas riquezas pois isso garantia reconhecimento social, e possivelmente uma forma de diferenciação de outras. Com o advento de crises econômicas a importância dos ritos se fortalecia. O importante era manter a presunção de fidalguia como afirma a autora. A importância da qualidade das roupas para Castelo Branco o preocupava em demasia. Um dos hábito frequente era o de presentear o que em momentos de dificuldades econômicas se tornou uma preocupação impossibilitado de cumprir.
Nesse período a sociedade com suas segregações sociais impedia que pessoas que descendentes de negros, mouros ou judeus fossem recusados para carreiras eclesiásticas.
Um dos hábitos era de que a herança deveria ser destinada ao filho mais velho, como forma de manter os bens dentro do circulo familiar que levaria o sobrenome da família adiante.
As senhoras tinha como rotina costurar, bordar, presidir a fabricação de doces e a dedicar-se a vida religiosa.
Nesse período a escravidão era pratica comum, portanto escravos só