revolução

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Revolução Francesa (2): Direita e esquerda: contenção e radicalização
Antonio Carlos Olivieri

Em 26 de agosto, a Assembleia aprova a "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão", um documento marcado pelas ideias liberais e iluministas, que defende o direito à liberdade, a igualdade de todos perante a lei, a inviolabilidade da propriedade e o direito do povo resistir à opressão. Foi nessa sessão que os aristocratas se encontravam sentados à direita do presidente da Assembleia, enquanto os democratas do terceiro estado se encontravam à esquerda - o que gerou a denominação política que sobrevive até a atualidade.
O processo político é mais lento nos momentos seguintes e inclui uma infinidade de fatos e posições que não vêm ao caso. Sua conclusão dá-se em 1791 com a aprovação da Constituição. De acordo com ela, o poder executivo caberia ao rei e o legislativo, à Assembleia. O feudalismo foi abolido e suprimiram-se os privilégios e as antigas ordens sociais, com a proclamação da igualdade civil. O trono continuava hereditário. O mandato dos deputados duraria dois anos e só seria eleitor quem tivesse um mínimo de riqueza. Finalmente, manteve-se a escravidão nas colônias francesas.
O rei tenta fugir
Com seus poderes limitados, Luís 16 tentou fugir para o exterior - para onde já haviam ido muitos nobres. Com o apoio destes e das potências estrangeiras, pretendia iniciar uma contrarrevolução. Na fuga, porém, foi reconhecido e preso, permanecendo à espera de julgamento. A prisão do rei e o sucesso da revolução estimulou simpatizantes das ideias antiabsolutistas e democráticas em muitos países europeus. Entretanto, gerou apreensão nos governos aristocráticos desses países que começaram a planejar a invasão da França.
A pressão externa resultou, internamente, numa radicalização revolucionária. A unidade inicial do terceiro estado contra os aristocratas desapareceu, cedendo lugar a uma complexa composição político-partidária, na qual se destacariam dois partidos:

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