Resumo livro "A águia e a galinha"

RESUMO DO LIVRO “A ÁGUIA E A GALINHA”, DE LEONARDO BOFF
Gana era um país muito rico em ouro, até que foi colonizado pelos portugueses, no século XVI, quando grande parte da população foi escravizada. Grande parte desses escravos foi enviada para o Brasil, para que trabalhassem nas plantações de cana-de-açúcar. Muitos elementos da cultura ganense foram incorporados na cultura brasileira (e permanecem nela até hoje), como, por exemplo, o candomblé. A partir de 1895, Gana passou a ser uma colônia inglesa. James Aggrey foi um dos precursores do nacionalismo africano, e sempre reforçava a ideia de que para que o povo fosse libertado da escravidão, primeiramente eles precisavam libertar sua consciência, que seguia os valores impostos pelos colonizadores ingleses, que inferiorizavam os escravos, o povo africano, espiritualmente, culturalmente e em qualquer outro aspecto. Os colonizadores determinavam as diferenças, de modo geral, como sinônimos de inferioridade. Esse processo de estranhamento e alteridade também ocorreu no século XVI com os indígenas da América e com os colonizados da Ásia. A colonização impede que os dominados façam suas próprias escolhas e que construam sua própria história. Isso gera um sofrimento nesse povo oprimido, levando-os a amadurecer o processo de libertação, primeiro em suas mentes e depois na forma como se organizam, na prática. Libertação significa a ação que liberta a liberdade cativa, permitindo que os oprimidos resgatem sua autoestima e reforcem suas identidades, para que possam construir sua própria história. James Aggrey morreu antes de ver a libertação de seu povo, pela qual tanto lutou. Mas Kwame N’Krumah deu continuidade a essa luta, até que em 1957 presidiu a proclamação da independência da Costa do Ouro, que inclusive voltou a ter seu antigo nome: Gana. Durante a luta pela libertação do domínio colonial inglês, havia divergências de ideologias: alguns apoiavam a dominação inglesa e outros não; alguns se conformavam com a