Resumo deus e o estado

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A origem da religião está no desconhecimento de nossos antepassados do mundo que os cercava, das Leis Naturais. Assim, inteligência, vida, relações e movimentos saem da matéria, passam de serem meras manifestações naturais e tornam-se abstração: Deus.
Criado o plantel de deuses, o Homem não tinha conhecimento que ele próprio o havia criado, e passa assim a temê-lo e a ser seu escravo. Rapidamente, surge uma casta de intermediadores, que aproveitando-se da ignorância e da pobreza reinantes passa a utilizar-se da religiosidade para seu próprio proveito. Tendo os deuses se estabelecido no imaginário coletivo, surge o clero, os inspirados intermediadores da sabedoria dos deuses, ou seja, a autoridade e a hierarquia do conhecimento e da inspiração.

Com o passar do tempo, apenas a fundamentação moral não funciona mais para legitimar tal poder, devendo assim ser acompanhada da fundamentação da espada, do Estado, que é legitimado e legitima a religião, acompanhando seu modelo de hierarquização e autoridade. Ambos andam desta forma lado-a-lado. Na teologia nada é contestável, tudo é auto-explicativo. No Estado, nada deve ser contestado.
Todas as religiões têm um calcanhar de Aquiles: quando, como e porque o Ser divino eterno, infinito e absoluto, entediado de si mesmo resolveu criar o Homem? Nenhuma religião nem ninguém tem a resposta à esta questão, não há discussão, afinal os deuses seriam tão superiores que nos restaria apenas louva-los e não entendê-los. Mas, reconhecer que tudo o que é grande e belo é divino é desacreditar na potencialidade da humanidade, transforma-la na escória, no lixo, na oposição do poder total de Deus. E é exatamente contra isto que Bakunin lutava.
Os padres conduzem seu rebanho - nome um tanto pejorativo e demonstrador da visão dos fiéis como ignorantes e manipuláveis - e não sacrifica-se por ele, ao contrário, o sacrifica em nome de Deus e da Santa Madre Igreja.
A manipulação dos fiéis permite então a rápida acumulação de poder e

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