Resumo de Apaixonar-se e desapaixonar-se
No capítulo “apaixonar-se e desapaixonar-se” do livro “Amor líquido – A fragilidade dos laços humanos” Bauman faz uma leitura realista dos relacionamentos modernos, em um mundo que ele considera líquido, onde não só os relacionamentos tem uma curta duração como o desejo de consumo.
“E assim numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto pronto para uso imediato, o prazer passageiro, a satisfação instantânea, resultados que não exijam esforços prolongados, receitas testadas, garantias de seguro total e devolução do dinheiro” (BAUMAN, 2004, p.21) Assim é cada vez mais comum pessoas se apropriem de certas coisas para logo depois as substituírem por algo que consideram mais moderno, atraente e estimulante.
O autor aponta para a ausência de comprometimento com o outro, onde o prazer momentâneo prevalece, e sendo “momentâneo”, as relações são substituídas por outras rapidamente. Há também aqueles que vivem num relacionamento estável, mas sem excluir a possibilidade de viver conjuntamente outros relacionamentos. E aqueles que não dividem o mesmo espaço, pois acreditam que precisam preservar sua liberdade, evitando cair na rotina ou em conflito a dois.
Bauman enfatiza o crescimento do uso das redes virtuais, pois estando bem aparelhados fica fácil disfarçar um medo antigo da solidão, entre celulares e notebooks, vivemos uma solidão ilusoriamente acompanhada, que teme: o amor por outra pessoa e comprometimento.
Ainda retrata duas contradições centrais: de um lado a “vontade de ser livre” inerente à constante busca pela individualização, e de outro constante a busca por alguém ideal, como se existisse uma pessoa perfeita. Mas a pessoa perfeita não existe, existe a pessoa certa. Capaz de nos compreender, respeitar e amar.
Em fim, o capítulo “apaixonar-se e desapaixonar-se” mostra que na sociedade de hoje há uma propensão maior à vivência de relacionamentos descartáveis, que ilusoriamente encenam episódios românticos e