resenha

RESENHA

BOVERO, Michelangelo. Contra o governo dos piores: uma gramática da democracia. Rio de Janeiro: Campus, 2005.

Capitulo 1: O s substantivos da democracia

Trata do uso da palavra democracia, explicando sua relação com a modernidade e com a questão do gênero; Acrescenta o fato de usarmos a política apenas como voto representativo e da falta de interação com o poder político, critica a democracia real perante a democracia ideal visto que a distância entre as duas seria de suficiência grande.
“Krátos passa a designar o poder político, ou seja, o poder de tomar decisões coletivas, portanto o poder atribuído àquele sujeito que em uma comunidade determina as escolhas públicas, e é por isso supremo ou soberano. Neste sentido, “democracia” indica aquela forma de comunidade política na qual tal poder é atribuído ao dêmos” (pág. 15).
“Democracia se deve entender... o poder de tomar decisões coletivas...” (pág. 17).
“Mas a relação ideal-teórica de igualdade entre entes pertencentes a um mesmo gênero não deve ser confundida com as múltiplas relações reais práticas destes mesmos entes, que podem ser também relações de desigualdade.” (pág. 22).
Bovero cita a desigualdade de gênero nas questões políticas justificadas pelo contexto antropológico da época, atribui que se “o conceito-universal é definido mediante termo de valor, ou seja, as características que o definem passa a ser atribuído explícita ou implicitamente um valor, então dele se deduz o preceito de respeitar ou promover este valor em todos os membros do gênero definido por aquele conceito.” (pág. 23).
Observa que cita a participação política atribuindo que democracia não trata apenas da escolha de um representante mais de sua participação efetiva “... à democracia que Tucídides atribui a Péricles está dito que qualquer indivíduo capaz de ocupar-se dos próprios interesses pessoais também é capaz de ocupar-se de política, ou seja, do interesse público que é o interesse de todos; de onde se conclui