Resenha

As engenharias, de modo geral, vivem um momento de grande valorização por parte da sociedade, sendo muitas vezes colocadas como solução para elevar o Brasil ao patamar de país desenvolvido. De certa forma, o Brasil vem se projetando internacionalmente ao ponto de ser incluído no grupo dos quatro maiores mercados emergentes atualmente, o BIRC (Brasil, Rússia, Índia e China). Porém existem indicadores de sobra que colocam o Brasil abaixo da média dos demais países do BRIC como: o número de novos engenheiros formados por ano; a quantidade de patentes registradas anualmente; a falta de interesse das empresas em requerer de seus engenheiros titulações (pós-graduação, doutorado etc), dentre outros fatores apresentados no artigo.
Um dos fatores em principal destaque é a direção em que os formandos de engenharia em todo o Brasil tomam ao concluir a graduação. Em sua grande maioria priorizam a entrada imediata no mercado de trabalho já que existem vastas oportunidades disponíveis – programas de traineer – e com excelente remuneração inicial. Tal fator incentiva os recém-graduados a trilhar rumo ao mercado de trabalho ao invés de continuar na carreira acadêmica. A grande dificuldade em continuar nos estudos de pesquisa é que a valorização a remuneração que o pesquisado irá ganhar não chega nem ao piso do que um cargo de Engenheiro Júnior em uma grande empresa oferece. Querendo ou não ninguém trabalha ou pesquisa pelo simples fato de “amar” fazer o que faz, mas o dinheiro recebido em troca é o estimulante. Claro que existem empresas que oferecem bolsas e apoio a projetos que são muito bem remunerados, mas a proporção de bolsas oferecidas com as vagas de grandes empresas é bem desproporcional.